segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Imagine - Capítulo XXIV

Publicada por AnnieFriday. à(s) 20:32 10 comentários

peço desculpa por este capítulo ser tão pequenino mas achei por bem que ele ficasse deste tamanho.  peço desculpa também por só conseguir postar hoje, ando um bocadinho ocupada. :b bem vou ver se ainda hoje consigo postar mais um para compensar o tempo que isto esteve parado e para compensar também o facto deste capítulo ser pequenininho. (;
beijinhos a todas. (:


Capítulo XXIV

“Oh, Tom Kaulitz?” disse Lia espantada com a presença de Tom.
“Não Lia é o coelho da Páscoa!” respondeu-lhe Tom sendo cínico.
“Que gracinha. Não me digas que repensaste na minha proposta.” ela babava-se de uma forma lastimável para cima de Tom, metia dó.
“Deixa de ser estúpida Lia já devias saber que nunca vou querer nada contigo!”
“Respeita-me sim? Tu não me falas assim.” Tom soltou uma gargalhada.
“Really? Como é que se respeita alguém como tu?”
“Ouve Kaulitz o que é que queres?” era incrível como ela tinha passado à defesa de repente.
“Quero que deixes de te meter na vida dos outros!”
“Aposto que foi a cabra da Emily que te foi encher os ouvidos, fez-te muitas queixinhas?” exclamou sorrindo.
“Tu não vais voltar a chamar isso à Emily estás a entender?” exclamou Tom já perdendo o controlo segurando-a pelo braço.
“E és tu que me vais impedir queres ver?” continuou Lia sem tirar o sorriso da cara apesar de se notar que Tom começava a magoa-la.
“Sim sou eu! Tu não sabes o que é que eu sou capaz de fazer às pessoas que se metem na minha vida para a estragar Lia e tu? Tu és um obstáculo fácil de ultrapassar!”
“Andam-te a fazer mal as escapadinhas com a Emily.” continuou.
“Tu vais-te calar estás a ouvir?” falou-lhe Tom em tom de ordem.
“Senão vais fazer o quê? Vais-me bater?” perguntou-lhe Lia troçando.
“Estou a perder a minha paciência contigo!”
“Espero que a tua amiguinha tenha entendido onde é o lugar dela. Agora o Georg está do meu lado, sabes Tom? Eu faço dele o que eu quiser. Viste a facilidade com que estraguei a vossa amizade? Viste a facilidade com que meti ao chão a CABRA da Emily?” disse dando bastante entoação à palavra “cabra”.

Apenas vi Tom agarrar no seu braço ainda com mais força fazendo-a encostar-se à parede e depois colocar os seus dois braços um de cada lado dela impedindo-a de fugir. Ele estava fora de si a raiva que sentia era notória e por momentos chegara mesmo a pensar que ele ia cometer a loucura de lhe bater mas não, Tom não era assim, não era desse tipo de rapazes.

“Queres mesmo saber o que é que tu vais fazer?” falou-lhe Tom  junto ao ouvido olhando-a com ódio.

Lia estava quieta e tinha de certa forma acalmado, achava mesmo que ela estava com medo e isso dava-me uma satisfação enorme.

“Sabes Lia? Tu vais falar com o Georg e vais dizer-lhe que mentiste e que metade do que lhe contaste é falso! Vais dizer-lhe ainda que nunca me viste com a Emily, vais dizer-lhe que a Emily nunca te ameaçou e que ela nunca se meteu contigo sem tu a provocares, entendido?” Tom elevara o Tom de voz olhando-a nos olhos.
“E és tu que me vais obrigar a fazer isso?” berrou Lia empurrando-o.
“Eu próprio. ”
“Tu não…” começou Lia.
“Cala-te Lia!” gritou-lhe Tom.
“Não tenho medo das tuas ameaças Tom Kaulitz!”
“Isto foi só um aviso espero que não seja necessário ameaçar ninguém!” disse-lhe Tom acabando com a barreira que tinha formado sobre Lia com os braços.

Lia olhou Tom enraivecida e depois olhou-nos, a mim e a Bill. Bill sorriu-lhe cinicamente ao que ela respondeu revirando os olhos e voltando-nos costas continuou o seu caminho.

“Não te esqueças desta conversinha Lia.” aconselhou Tom. 

continua....

domingo, 19 de agosto de 2012

Imagine - Capítulo XXIII

Publicada por AnnieFriday. à(s) 02:16 12 comentários

olá, em relação ao capítulo vinte e três não tenho nada a dizer a não ser: 

espero que gostem! :D

(caso tenha erros ortográficos peço desculpa mas foi escrito mesmo agora e já estou com sono. :b )

kusses *o*


Capítulo XXIII

Uma parte de mim estava completamente desolada mas outra estava mais alegre. Sentia que aquela conversa tinha deixado as coisas mais claras e agora sabia que afinal de contas Georg amava-me, se não me amasse não se teria recusado dizer-mo. Fiquei especada no meio do passeio até o ver desaparecer ao fundo da rua. Voltei depois até ao banco onde antes tinha estado sentada e peguei no meu telemóvel para ligar a Tom. Combinamos encontrarmo-nos ali no parque para conversarmos. Contei-lhe como tinha sido a conversa com o Georg sem me esquecer de um único pormenor, queria que ele soubesse de tudo talvez ele soubesse como remediar as coisas. Tom fora muito compreensivo comigo aliás, como sempre fora.

“Já pensaste falar com a Lia?” perguntou-me Tom.

Ao ouvir tal coisa supus imediatamente que era uma brincadeira mas rapidamente entendi que não, Tom estava a falar a sério. Olhei-o admirada.

“Estás maluco Tom?”
“O quê? Tens medo dela?” sabia que ele apenas estava a dizer aquilo para me provocar, para que eu ganhasse força, para que eu fosse mesmo falar com ela.
“Isso é uma má ideia! Tu sabes como o Georg a defende, só iria piorar as coisas.”
“Emily ela estragou a tua felicidade! Ela faz-te isto tudo e tu não lhe dizes nada? Ninguém lhe diz nada? Ela está-se a rir na tua cara! Na nossa cara!”
“No fundo ela ganhou.” disse desanimada.

Sabia que era um erro ir falar com ela mas também sabia que ela estava a morrer de felicidade ao ver-me assim. Ela tivera um objectivo desde o início: estragar tudo o que tinha com Georg; e sim, na verdade ela tinha conseguido. Mesmo assim não, não ia falar com ela. Não ia correr o risco de ela inventar mais coisas a meu respeito, não isso estava fora de questão.

“Eu não te estou a dizer estas coisas por causa do Georg, estou a dizer isto porque eu não tolero o facto de ela pensar que ganhou Emily. Ela pensa que as coisas vão ficar em nada para os lados dela e que ninguém a vai confrontar.”
“E ninguém a vai confrontar Tom.” respondi-lhe calmamente tentando que ele próprio entendesse que ninguém iria falar com Lia.
“Não? Achas mesmo Emily? Se queres deixar as coisas passar em branco, se queres perder o Georg para sempre estás à vontade, sabes? Estás a dar-lho de mão beijada, estás a ser fraca!”
“Deixa-me ser fraca então.” respondi-lhe baixo o suficiente para que só eu e ele ouvíssemos deixando cair uma lágrima.

A minha vontade não era soltar aquela lágrima, a minha vontade era chorar e gritar, gritar até ficar sem voz e chorar até sentir que não tinha mais forças para o fazer. Mas sim eu sabia-o, Tom tinha razão. Eu estava a ser fraca e estava a desistir. Mas também Georg tinha desistido de mim e tinha-me trocado por Lia talvez ele não merecesse nem uma lágrima minha.

“O Georg era um dos meus melhores amigos Emily! A princípio, no dia da nossa discussão eu nem estava preocupado com a minha amizade com ele estava-me mesmo a cagar para o Georg mas depois com o passar do tempo comecei a sentir falta dele e sinto falta da nossa amizade. Eu culpava-o quando ele apareceu lá em casa naquele estado e ouve aquela guerra enorme connosco mas sabes Emily? Eu tentei colocar-me no lugar dele, tenho perfeita consciência que não faria tudo como ele fez mas somos diferentes. Ele tem aquele feitio e reage assim, teve sempre uma personalidade forte. Ela fez-lhe a cabeça e se te tivessem dito as coisas que ela lhe disse a ele tu ias ficar magoada e furiosa, ias sentir-te como ele. Sabes o que é que aconteceu ontem? O Bill ligou-lhe para saber se ele queria sair connosco, com o nosso grupo e sabes o que é que ele perguntou logo? Se eu ia e quando soube que sim inventou uma desculpa de que trabalhos da escola em atraso só para não estar comigo. Isto magoa-me Emily e ainda me magoa mais saber que tudo está assim graças àquela oferecida da Lia, ela que enquanto andava metida com o Georg me mandava mensagem a mim também para que estivesse com ela. Ela não presta! Desculpa Emily mas eu não vou ficar parado a arrecadar com as consequências de coisas que eu nem sequer fiz.” sabia que ele não ia ficar quieto e isso assustava-me de certa forma.
“Não Tom. Tu vais esperar, tu vais arranjar ainda mais problemas assim.”
“O que é que temos a perder?” na verdade nada, ele tinha razão.
“Deixa assentar a poeira Tom. Por favor.” pedi-lhe segurando as suas mãos.

Apesar do tumulto que tinha dentro de si ele sorriu e beijou-me a face com carinho mas nunca me prometeu que iria ficar quieto e que iria desistir da ideia de confrontar Lia. Eu achava justo que alguém lhe dissesse tudo na cara e queria que esse alguém fosse eu, iria-me dar um prazer enorme despejar tudo o que tinha dentro de mim em cima dela mas não me sentia com forças para isso. De certeza que ela iria arranjar forma de me ver fracassar à sua frente e não, eu não queria dar parte fraca em frente ao “inimigo” apesar de às vezes demostrar desistir eu não o iria fazer de todo, poderia vir a desistir de Georg caso visse que as coisas não tinham mesmo remédio mas não iria desistir de fazer a vida negra a Lia. Desde sempre que quem me fazia mal mais tarde ou mais cedo pagava de alguma forma e neste caso eu tinha certezas que Lia iria pagar um preço justo por tudo o que me tinha feito, só queria esperar pelo momento certo. Só queria esperar pelo momento em que estivesse melhor, mais segura e menos abalada. Ela um dia iria ver quem mandava de verdade!

***

Fazia uma semana desde aquela conversa com Tom e fazia também uma semana desde que falara com Georg pela última vez. Sentia-me melhor apesar de tudo mas não tinha desistido dele. Durante os dias que tinham passado Georg tinha sempre acompanhado Lia para todo o lado se eu não soubesse do que se tinha passado diria que eram namorados ou algo do género mas eu sabia que não o eram, felizmente. Havia dias em que Georg parecia estar mais abalado e era nesses dias que eu tinha sempre mais vontade de ir falar com ele novamente. Lia tinha a lata de me sorrir sempre que passava por mim, não imaginam a vontade que tinha de a esganar. Ela apenas pensava que tinha ganho alguma coisa, mal ela sabia que o último a rir é o que ri melhor. Georg, apesar de me ter dito que e era um erro e que já estava esquecida havia aulas em que passava quase o tempo todo de olho em mim e isso deixava-me bastante irritada apesar de na altura tentar ignorar. Se não gostava de mim porque me olhava tanto?

Tinha acabado de sair da minha última aula do dia, Tom e Bill tinham ficado de me esperar para irmos juntos para uma festa em casa de Andrew a que Georg tinha recusado ir, como sempre fazia quando Tom e eu estávamos presente. Vi os rapazes do outro lado da estrada e fui ter com eles. Lia vinha um pouco mais atrás de mim e os olhos de Tom não a soltavam.

“Vamos embora?” perguntou Bill adivinhando o que iria acontecer caso ali ficássemos mas era tarde de mais.

Lia passou ao nosso lado sem dar conta da nossa presença e Tom deixou-nos sozinhos indo atrás dela em passo apressado para que a pudesse apanhar. Bill e eu trocávamos olhares, ambos sabíamos que Tom ansiava por aquela conversa há tempos.

“Ora viva!” cumprimentou-a Tom sorrindo cinicamente.

Continua...



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Imagine - Capítulo XXII

Publicada por AnnieFriday. à(s) 17:10 13 comentários

olá pessoas *-*

bem desta vez tenho duas coisas para vos dizer :b primeiro, que criei um blogue mais pessoal que está na barra lateral nos links onde está o facebook e o tumblr. criei-o porque queria que este blogue fosse uni e exclusivamente para as minha fanfic's e às vezes encontro coisas que gostava de partilhar mas neste blogue fica mal porque queria que fossem só fanfic's. enfim coisas de gente parva como eu. (; e segundo, eu gostei de escrever este capítulo, escrevi-o ao som de uma música que por acaso soube da sua existência há pouco tempo, vocês devem conhecer até porque eu sou sempre a ultima a saber das coisas, ahaha gostei bastante dela e queria-vos pedir um favor. $:



queria-vos pedir que lessem este capítulo ao som desta música:

I Won't Give Up - Jason Mraz


espero que achem que este capítulo fica bonito com a música tanto como eu acho até porque a letra da música enquadra-se. E agora finalmente o capítulo

Espero que gostem, carreguem play!


Capítulo XXII

Sai da escola sempre em passo apressado. Sentia-me a minha cabeça rebentar, fui até ao jardim do costume e procurei o meu maço de tabaco dentro da mala depois de me sentar num banco. Puxei do isqueiro e acendi o cigarro, fazia-me bem fumar quando estava naquele estado. Só gostava de ser mais forte que aqueles sentimentos todos que tomavam conta de mim naquele momento. Fiquei sozinha naquele jardim enorme, toda a gente estava nas aulas e normalmente aquele jardim era sítio apenas para os estudantes. Deixei-me ficar sentada, assim sempre podia pensar, podia tentar arranjar forma de remediar a minha vida que estava um caus. Havia porém uma pergunta à qual eu não tinha uma resposta certa: Como poderia ele ter passado por cima daquilo tudo tão rápido? Tinha duas respostas como opção. A primeira era que ele nunca me tinha amado, fui apenas como que um objecto nas mãos dele e que ele soube manipular muito bem. E a segunda opção era que o Georg talvez fosse uma daquelas pessoas que não demostra o que sente e que tenta sempre mostrar-se bem. Não sabia mesmo qual delas se enquadrava naquela situação. De uma coisa eu tinha certeza: iria falar com ele, iria confrontá-lo mais uma vez. Não era tarde nem cedo, vi Georg passar em frente ao parque, possivelmente iria para casa visto que a nossa próxima aula era Alemão, a disciplina que ele não tinha. Corri até ele.

“Georg precisamos de falar.” ele parou de andar e manteve-se de costas para mim durante segundos, virando-se depois.
“Mas eu já te tinha dito que não queria falar mais contigo!” falou-me, sempre com desprezo.
“E eu já te disse que sei que errei mas aposto que nem tudo o que a Lia te disse está certo.”
“Quem és tu para falar da Lia?” aquele seu olhar de desconsideração magoava-me tanto.
“Estás-me a comparar com ela?” apesar de ter feito asneira com ele sentia que mesmo assim não era tão má pessoa como a Lia.
“Não, de maneira nenhuma. Sabes Emily não existe comparação possível entre vocês duas, tu és a coisa mais falsa que eu já conheci. A Lia é alguém que me abriu os olhos e me mostrou que vocês não valem nada, tu e o Tom não prestam.” fiz uma força enorme para conter as lágrimas, era doloroso demais ouvir aquilo.
“Tu não sabes de metade das coisas, a história que ela te contou é diferente daquela que eu te queria contar.”
“Eu não quero ouvir nada daquilo que tens para dizer Emily.”
“Eu não passei de um objecto nas tuas mãos pois não Georg? Tu alguma vez me amaste?”

Sim, agora tinha noventa e nove por cento de certezas de que estava certa ao pensar aquilo. Com as minhas perguntas o seu olhar mudou, deixou de ser aquele olhar frio.

“Não digas isso Emily! Eu nunca te usei e tu sabias o quanto te amava mas tu estragaste tudo.” respondeu-me, os seus olhos brilhavam.
“Estraguei tudo? Estraguei tudo por pertencer àquela família? Achas que podia mudar quem sou, onde pertenço?” uma lágrima deslizou pela minha face morrendo ao chegar aos meus lábios, desfazendo-se.
“Não é só isso Emily. Quantas vezes ameaçaste a Lia para que ela não me contar nada sobre ti? E no baile, porquê que lhe despejaste aquilo em cima sem ela te dizer nada? Como é que podes-me amar se tu andaste com o Tom e nunca me contaste? A Lia viu, ela viu-vos ir para tua casa, os dois. Ela contou-me tudo. E agora Emily? Quem foi esse objecto de que falaste à pouco? Talvez esse objecto tivesse sido eu. Tu usaste-me, de todas as formas.” o seu olhar brilhava e os seus olhos estavam cheios de água.
“Isso é tudo mentira!” não conseguia aguentar mais, as lágrimas deslizavam umas atrás de outras pela minha cara.
“Achas que vou acreditar numa pessoa que me mentiu durante este tempo todo?”
“Então vais acreditar na Lia? Tu próprio dizias que ela não valia nada, que ela não prestava. Tu mesmo me disseste isso Georg! Tu disseste-me que ela me ia fazer a vida negra, lembras-te? Como é agora podes acreditar nela e meter para o lixo tudo o que nós dois passámos?” gritava-lhe, estava completamente fora de mim sentia uma revolta enorme.
“As tuas mentiras estragaram tudo, desculpa Emily.” falou-me calmamente e depois virou-me as costas para continuar a caminhar.
“Não Georg!” segurei o seu braço, não podia deixá-lo ir assim. “Dá-me apenas uma oportunidade de te contar tudo como aconteceu. Ela mentiu-te! Eu nunca andei com o Tom, ele foi levar-me a casa naquele dia em que saímos todos e tu foste com a outra rapariga eu fiquei magoada, eu amava-te e ele levou-me a casa e ficou a conversar comigo e a apoiar-me! Não aconteceu nada. E no baile ela é que se meteu comigo, começou a provocar-me! E eu nunca a ameacei para que não contasse nada, nunca a ameacei Georg! Mas não te vou esconder o quanto a odeio! Odeio-a.”
“Sabes porquê que a odeias Emily? Porque ele acabou com todos os teus planos, ela fez Game Over no teu joguinho sujo de me usares.”
“Eu nunca tive plano nenhum! O meu plano no meio disto tudo foi sempre ficar contigo porque te amo.”
“Pára Emily. Isto não é amor. Como é que achas que podíamos resultar depois de todas as tuas mentiras?”
“Mas quais mentiras? Era uma mentira, não existem mentiras. Era uma! Eu sou neta daquela mulher, eu sou uma Lehmann! Mas eu não sou igual à minha avó, não me faças pagar por ela!”
“Todos os Lehmann são iguais.” disse-me friamente.
“Eu já te mostrei que sou diferente.”
“Onde é que és diferente? És uma mentirosa.”
“Tenta colocar-te no meu lugar. Tenta apenas uma vez.” ficámos calados durante longos segundos.
“Eu não quero saber mais de ti. És passado. Nós nunca deveríamos ter tido esta conversa, acabou, não há mais nós!”
“Diz-me isso enquanto me olhas nos olhos e depois eu deixo-te!”

Sabia que aquele meu pedido poderia acabar com tudo. Para sempre. Ele aproximou-se de mim e olhou-me nos olhos para fazer o que eu lhe tinha pedido. Olhou-me por momentos e depois afastou-se de mim abanando a cabeça no sentido negativo e respirou fundo virando-me as costas.

“Pára com estas merdas Emily.” foi a única coisa que o ouvi dizer já quando se ia embora.


Continua...



domingo, 12 de agosto de 2012

Imagine - Capítulo XXI

Publicada por AnnieFriday. à(s) 22:24 14 comentários
Olá.

peço desculpa pelo capítulo medíocre que acabei de postar mas ando completamente sem ideias. $: bem mesmo assim espero que gostem.



Capítulo XXI


“Filho da puta.” soltou Tom enraivecido mal Georg bateu a porta.
“Estás bem Tom?”

Tom levou a mão até junto ao lábio e depois olhou os dedos manchados do seu sangue.

“Estou, isto passa.”
“Tens que curar isso.” disse-lhe.
“Para quê Emily? Isto é uma coisa mínima daqui a uma hora nem se nota.”
“Desculpa Tom.” sentia um peso enorme dentro de mim, o peso da culpa era sem dúvida doloroso.

Tom olhou-me por momentos fixamente, sorrindo meigamente depois.

“Emily tu não tens a culpa de te teres metido com um perfeito idiota.”
“Mas vocês são amigos.”
“Somos? Notou-se o quanto amigo ele me considera. Amigos não fazem o que ele nos fez.”
“Em relação a mim ele apenas fez o que era certo, não o posso condenar.” baixei o olhar, no fundo eu merecia aquilo.
“Por favor Emily, nem voltes a dizer isso. Ele exagerou e nem te ouviu, a Lia  encheu-lhe a cabeça.
“Quem me dera saber de metade das coisas que ela lhe disse.” sentei-me.
“Ele só foi na conversa dela porque é parvo. Ele é que optou por acreditar naquela víbora.”
“Mas ela disse-lhe aquilo que eu nunca disse ela não lhe mentiu, já eu só fiz asneira.” insisti, fazia uma enorme força para conter as lágrimas que se formavam nos meus olhos.
“Não Emily.” começou Tom ajoelhando-se à minha frente. “Nem a Lia nem ninguém tinha o direito de fazer aquilo, tratava-se da tua vida e tu sabes que cada um tem a sua vida e não se deve meter na dos outros. E o que é que ela fez? Ameaçou-te enquanto podia e quando viu que não tinha hipóteses de te passar a perna, quando finalmente percebeu que tu eras melhor que ela optou pelo golpe mais fundo, desceu a um nível inundo e foi falar de coisas que não lhe dizem respeito. Ela não vale nada, nunca valeu! Não consigo entender como é que o Georg é capaz de dizer que eu tenho dor de cotovelo de não ter nada com ela, eu dou graças a Deus por não ter nenhuma ligação com ela.”
“Ela fez o que eu devia ter feito há muito tempo mesmo que esse não fosse o seu direito, mesmo que tenha envenenado o Georg contra mim, contra nós.” deixei cair o olhar até ao chão deixando escorregar uma lágrima.
“Pára Emily!” ordenou-me agarrando a minha face com as duas mãos e olhando-me nos olhos. “Chega de te culpares, tu não tiveste culpa!”
“Tive Tom! Eu menti-lhe!” respondi-lhe entre soluços.
“Pensa ao contrário, mete-te no lugar dele. Imagina que era o Georg quem te tinha mentido reagias como ele? Ele está cego! Ela fez-lhe a cabeça, ela queria-vos separar e conseguiu. Eu conheço o Georg há anos, desde miúdos e eu sei que ele era incapaz de dizer as coisas que disse, tenho certeza que ela disse-lhe as coisas que tu nem consegues imaginar. Emily, tu sabes que o facto de ele descobrir quem tu és já é doloroso para ele e agora imagina isso juntamente com outras mentiras.”
“Eu sei Tom, eu não duvido de uma única palavra que tu dizes mas que podemos nós fazer? Eu estou completamente sem chances, ele não me quer ver, tu ouviste tudo o que ele disse. Sinto cada vez mais que foi um erro vir para aqui só vim estragar a felicidade dos outros.” senti o corpo de Tom junto do meu abraçando-me com força logo que acabei de falar.
“Não digas isso nunca! Tu és uma amiga como nunca tive.” disse-me sem me largar.

Sorri, só mesmo Tom para me fazer sorrir quando sentia o meu coração espedaçado. Apertei-o com força, com toda a força que tinha e beijei a sua bochecha.

“Tão cabrão com umas e tão querido com outras.” brinquei, ouvi-o soltar uma gargalhada.
“Tu és diferente Emily, elas são apenas… Sei lá. Não tem comparação. És como uma irmã.” falou numa tentativa falhada de me explicar.
“Quem me dera Tom, se fosse tua irmã não tinha problemas agora.”

***

Tinha passado uma noite completamente em branco. Não podia negar que me magoava olhar para o telemóvel sem uma única chamada ou mensagem de Georg depois da quantidade de vezes que lhe tinha ligado depois de sair de casa dos Kaulitz. Nunca me atendeu. A pouca vontade que antes tinha de ir para escola tinha desaparecido por completo. Tomei banho e arranjei-me arrastando-me depois para mais um dia de aulas. O que me custava mesmo era ter que olhar para Georg. Com que cara iria olhar para ele? E a Lia? Sim, agora ela já estava satisfeita, já tinha estragado tudo, só esperava que não me voltasse a dirigir uma única palavra. Sentia vontade de lhe dar um soco a sério, sentia vontade de a humilhar em frente a todos, sentia vontade de fazer-lhe o mesmo que ela me tinha feito a mim: tirar-lhe a única coisa que ela tinha de bom. Às vezes dava por mim a olhar para o nada apenas me passavam pela cabeça pedaços do meu passado, de momentos passados a seu lado. Como era bom quando ele estava comigo, como me confortavam os seus braços mas agora, agora aquilo não passavam de memórias. Memórias.
Sentei-me no meu lugar habitual na aula de Matemática que antes era a seu lado, tanto naquela aula como em todas mas que agora era sozinha. Assim que vi Georg sentar-se ao lado de Lia sorrindo-lhe só tive tempo de abandonar a sala em passo apressado tentado que ninguém me visse chorar daquela maneira. Não, não ia ver aquilo, não aguentava. 

continua...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Imagine - Capítulo XX

Publicada por AnnieFriday. à(s) 18:55 14 comentários

Olá finalmente. :D

eu sei, eu sei que não posto há muito tempo $: mas finalmente vim postar cá o capítulo vinte. (; espero que gostem. :D e já agora no final de tudo deixo o meu último desenho. ahaha uma tentativa falhada de desenhar o Bill *-* bem, apesar de ser falhada até considerei o desenho um obstáculo derrubado visto que nunca pensei fazer algo tão bonito mesmo estando ele imperfeito. ahaha

Capítulo XX

Eu não sabia o que dizer e muito menos o que fazer. Estava tudo estragado e agora já começava a sentir um vazio enorme dentro de mim. Tom mantinha-se atrás de Georg ainda perto da porta surpreendido com aquilo que se estava a passar.

“Tu tens que me ouvir Georg. Eu nunca fiz por mal.”
“Tu usaste-me.” disse friamente.
“Eu tentei contar-te tudo ontem antes… daquilo. Mas tu não deixaste, tu nem ouviste nada do que estava a dizer, e que podia fazer eu? Tu ias odiar-me mal soubesses de qualquer das maneiras.”
“Se me tivesses contado logo as coisas não tinham sido assim Emily.”
“Pois não! Nem te aproximarias mais de mim. E além disso eu no princípio nem sabia que tinhas tão má relação com a minha família, como podia eu adivinhar?” sentia as lágrimas formarem-se nos meus olhos. “Eu apenas não quis estragar a nossa amizade.”
“Mas estragaste! Não é com mentiras que se mantem o que quer que seja.”
“Tenta compreender-me, por favor. Tenta colocar-te na minha posição. A Lia ameaçou-me sempre que te contaria tudo e eu tentei sempre arranjar coragem mas eu não conseguia, doía demasiado pensar que as coisas iam ficar como estão agora! Eu tentei Georg mas tinha medo e eu não sou como a minha avó. Eu não tenho que pagar por coisas que eu não tenho culpa, eu não sou como ela, eu nem sequer estava cá quando tudo aquilo aconteceu! Eu era uma criança e tu também porquê que me julgas? Porquê que tenho que pagar pelo passado?” vi Georg ficar parado por segundos mas pouco depois virou-me as costas dirigindo-se à porta.
“Acabou Emily, eu não te quero ver à frente nunca mais.” falou quando se preparava para abrir a porta. 
“Georg ouve-me.” pedi agarrando o seu braço sem conseguir já conter as lágrimas.
“Eu não tenho mais nada para ouvir.”
“E ontem? E o que me disseste? Já não o sentes só porque eu pertenço à família que tu mais odeias? Isso muda tudo?”
“Tu não és quem mostraste ser, eu não te conheço.” as suas palavras eram pontadas no meu coração.
“Mas eu amo-te Georg, eu amo-te a sério.”
“E tu para mim foste um erro Emily, esquece tudo.” disse-me friamente soltando-se de mim.
“Não me podes pedir para te esquecer.”
“Tu não lhe podes fazer isto Georg.” falou Tom calmamente.
“Aposto que tu sabias de tudo desde o início!” Georg falava com ódio, apostava que Lia lhe tinha enchido os ouvidos tanto com verdades como com mentiras.
“Não te metas Tom.” pedi-lhe, sabia perfeitamente que se ele se metia naquela discussão iria sobrar também para ele e eu não queria estragar a amizade deles mas Tom ignorou-me.
“Sim Georg, eu sabia. Mas eu apoiei a Emily, nunca pensei que reagisses assim tão mal ainda por cima agora que a conheces. Tu sabes que ela não é como a avó porquê que a estás a massacrar com estas histórias? É tudo passado! Apaga a merda do passado Georg!”
“Trata da tua vida Tom que eu sem bem como tratar da minha. E vai à merda! És um falso tal e qual como a Emily!” o chão fugia-me de baixo dos pés sim, agora era o fim.
“Georg vamos conversar com calma, vamos a qualquer lado e conversamos. Aposto que a Lia não te contou apenas a verdade.” pedi apesar de saber que ele ia negar ao meu pedido.
“Não! Tens o Tom aí para te ajudar em tudo. Se calhar a Lia tinha razão quando disse que andavas com os dois.” soltou uma gargalhada sarcástica.
“Ei nunca se passou nada entre mim e a Emily meu!” defendeu Tom.
“Sim claro Tom, sabem que mais? Eu percebi agora, percebi agora que afinal não tenho amigos e que talvez a Lia no meio disto tudo seja a minha única amiga.” questionava-me como era ele capaz de dizer uma coisa daquelas.
“A Lia? Por favor Georg poupa-me!” pediu Tom ficando exaltado.
“Não me digas que isso é tudo dor de cotovelo por nunca teres conseguido nada com ela, tens Emily fica com ela! Sabes que mais? Estão óptimos um para o outro.”
“Pensa antes de falar, as pessoas normais fazem isso!”
“Quem és tu para me dizer isso? Não tens moral nenhuma para falar, só queres comer a Emily como fazes com todas!”
“Vai-te foder Georg!” os ânimos estavam a ficar exaltados e se aquilo continuava assim ia acabar ainda pior.
“Tu não vales nada Tom.” soltou Georg.
“Quem não vale nada és tu, nem sabes distinguir os teus amigos dos teus inimigos.” continuou Tom.
“Enganaste! Agora sim aprendi a distinguir os meus amigos dos meus inimigos. E tu seu, seu atrasado mental, tu não pertences aos meus amigos!”
“Tu não me falas assim caralho!” apenas vi Tom dar um soco na cara de Georg e depressa envolveram-se os dois numa enorme confusão.
“Parem.” pedi metendo-me no meio deles.

Sentia-me a sufocar com aquela situação toda, odiava ver confusões. Depois de muito insistir com eles para que parassem e de quase implorar que se soltassem ambos acalmaram-se mas era inevitável não tomar atenção aos seus olhares de fúria, sentia-me tão culpada. Não achava necessária aquela confusão toda, não por minha causa. Georg abandonou aquela casa onde antes tínhamos passado bons momentos todos juntos batendo a porta com força. Como era possível? Éramos como que uma família.
 Continua...







isto é a minha obra de arte. ahahha

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Imagine - Capítulo XIX

Publicada por AnnieFriday. à(s) 19:52 18 comentários

olá pessoas

peço desculpa pelo capítulo secante que vão ler mas mesmo assim espero que gostem. $: 


Capítulo XIX

Acabei por adormecer agarrada a Georg enquanto brincava com uma mecha do seu cabelo.

***

“Bom dia Emily.” ouvi-o dizer mal acordei.
“Bom dia Georg.” sorri. Ele não perdeu tempo e beijou-me.

Ficámos naquilo durante algum tempo e só depois é que me apercebi que já era tarde e que já devia estar em casa. Vesti-me sempre sobre o olhar atento dele que permanecia na cama sentado.


“Bem, tenho que ir.” avisei assim que já estava vestida.

Aproximei-me dele para sentir os seus lábios mais uma vez antes de o deixar. Ele beijou-me e abraçou-me de seguida apertando-me com força.

“Vai lá e não te esqueças de mim ó tótó, eu amo-te.” brincou.
“Sabes bem que eu também.” disse-lhe beijando-o na pontinha do nariz.   

Acabei por sair de casa de Georg, por vezes sentia-me sorrir sozinha. A verdade era apenas uma: eu estava feliz, estava muito feliz afinal de contas amava-o e estar assim com ele era o que mais queria mas os problemas persistiam e eu já não sabia o que fazer. Quando cheguei casa vi o carro do meu pai estacionado em frente ao portão.

“Emily ainda bem que chegaste. Deixei à Glória uma coisas para ti filha. Vou agora a casa do Adam. Gostava de poder ficar contigo mais tempo mas estou mesmo ocupado e tenho que estar às quatro em Berlim.” falou o meu pai encontrando-se comigo no jardim. Nem sequer me tinha cumprimentado como normalmente os pais fazem com os filhos, bem mas na verdade já estava habituada.
“Ok pai.” foi a única coisa que lhe respondi mas tinha quase certeza que ele nem isso tinha ouvido pois já se encontrava em andamento até ao carro quando falei.

Encolhi os ombros amava o pai presente que eu tinha. Mal entrei em casa, a Glória fez questão de me avisar da presença do meu pai.

“Eu sei, eu cruzei-me com ele.” respondi-lhe.
“E onde é que a menina passou a noite? Deixou-me preocupada.”
“Eu fiquei em casa de uma amiga lá da escola, não te preocupes.”
“Ao menos isso ainda me passou pela cabeça que lhe tinham feito algum mal. Não tem fome? Eu faço-lhe umas torradas, é um instante.”
“Não Glória, não é preciso. Eu comi pelo caminho.”
“Pronto, está bem. As coisas que o seu pai deixou estão ai em cima da mesa da sala de estar.” avisou-me.

Ainda queria ver as coisas que o meu pai me tinha trazido, é certo que preferia não ter uns pais ausentes em vez de ter aqueles presentes todos mas visto a situação em que estava, já que praticamente não tinha pais ao menos que tivesse alguns bens materiais. Existia um envelope em cima da mesa, levei-o até ao meu quatro. Dinheiro, mais precisamente dois mil e trezentos euros e depois tinha ainda mais um bilhete escrito pela minha mãe.

Emily,

Espero que estejas a adaptar-te bem ai a Halle. O teu pai e eu depositámos mais uma quantia na tua conta. Quando poder faço-te uma visita, a mãe anda muito ocupada tu sabes disso.
Beijinhos.  

“Que coisa mais medíocre.” soltei para mim mesma.

Para dizer o que tinha dito a minha mãe evitava de se ter dado ao trabalho de gastar uma folha de papel, era a coisa mais estúpida à face da Terra e só o tinha feito para não dizer que não se preocupou comigo. Dinheiro era coisa que não me faltava eu sempre fora bastante poupada, comprava roupa, sapatos e todas essas coisas que são indispensáveis a uma adolescente mas nunca tinha sido do tipo de rapariga que cometia loucuras quando tinha dinheiro na mão. Arrumei tudo aquilo numa gaveta e depois ouvi o meu telemóvel vibrar.
“Ouvi dizer que passaste a noite fora Emily, quero saber tudo. ahaha às quatro e meia cá em casa e já agora o Georg também vem. Küss” era Tom.

***

“Emily!” saudou-me Tom ao abrir a porta.
“Isso é tudo saudades?” brinquei.
“Não, é mesmo vontade de saber novidades.” respondeu-me de imediato.

Que rapaz mais directo. Soltei uma gargalhada e acabei por o puxar até ao sofá onde nos sentámos e eu contei-lhe muito por alto o que se tinha passado na noite anterior.

“WOW! Mas isso é óptimo Emily.” disse-me boquiaberto.
“Eu sei Tom, estou bastante feliz.”
“E acabaste por não lhe contar, isso é que é mau.”
“Eu estou a tentar arranjar uma boa oportunidade para lhe contar.” falei confiante.

A campainha tocou e Tom correu a abrir a porta. Georg entrou disparado parecia furioso.

“Ainda bem que te encontro Emily! A Lia disse-me umas coisas.” disse-me friamente.
“A Lia? O quê que ela te disse Georg?”
“Quem é que tu és afinal? Conta-me de uma vez por todas Emily e eu desta vez quero a verdade! Chega de mentiras!”

Continua...
 

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