sábado, 29 de setembro de 2012

Imagine - Capítulo XXIV

Publicada por AnnieFriday. à(s) 21:17 10 comentários

hallo (:

agora  comecei as postar aos sábados, a minha ideia era postar duas vezes por semana pelo menos , vou tentar que seja à quarta mas não prometo nada . também  é  difícil para vocês  vir cá ler porque estamos em tempo de aulas e é muito apertado para fazermos tudo o que queremos, o tempo voa.  
deixem que vos diga que estou numa grande guerra interior, não faço ideia se  hei-de deixar a Emily com o Tom ou se com o Georg. e imagino que vocês neste momento a julgam pelo que está a fazer mas tentem compreender - se quiserem. (;
bem aqui fica o capítulo vinte e nove , espero que esteja minimamente bem e do vosso agrado. 

küsse  *-*     

Capítulo XXIV

Não fazia a mínima ideia de que se o que estava a fazer era certo ou errado, provavelmente iria ser mais uma no meio das tantas da lista de Tom mas mesmo assim não sentia necessidade de parar com tudo aquilo. Tom sempre tinha sido um grande suporte para mim, sempre me tinha apoiado em tudo, era sempre ele quem me ajudava quando as coisas corriam mal e eu adorava-o, disso eu tinha todas as certezas. Ele fazia-me sentir bem quando isso parecia ser impossível.

O toque suave dos seus lábios a percorrer o meu pescoço faziam-me arrepiar e isso fazia-me querer conhecer mais o seu corpo, fazia-me querer conhecer cada centímetro escondido por de baixo da sua roupa. 

Por vezes lembrava-me de Georg e ai a minha perspectiva relativamente ao que estava a fazer mudava imediatamente estava a fazer o que Lia sempre quis, estava a envolver-me com Tom, não estava certo aquilo mas no fundo sentia-me bem. Não poderiam dizer que estava a trair alguém, eu não tinha ninguém há já algum tempo, estava no fundo a seguir com a minha vida. Estava a meter Georg de parte? Talvez sim, mas ele tinha-me colocado de parte durante dias, durante muitos dias, durante mais de um mês que ele tinha preferido acreditar em alguém que apenas se queria aproveitar dele e tinha deitado ao lixo as pessoas que o amavam. Eu não era pessoa de vinganças, eu não estava a vingar-me de ninguém, estava apenas a seguir o que o meu instinto dizia que tinha que fazer. E Tom era especial, nunca me tinha desiludido. 

As suas mãos subiam não longo das minhas costas levando consigo a minha camisola.

“O Bill está em casa?” perguntei-lhe, não queria correr o risco de sermos apanhados a fazer o que quer que fosse.

“Não, acho que ele saiu.” respondeu-me Tom sem descolar os seus lábios dos meus.

“Vamos sair daqui.” pedi-lhe levantando-me e depois puxei-o pela mão.

O seu sorriso nunca desaparecia, estava sempre presente no seu rosto e ele contagiava-me. Tom puxou-me subindo pelas escadas, apertando-me sempre conta o seu corpo beijando-me na testa e nas bochechas sempre alternadamente. Conseguia ser a coisa mais fofa que eu conhecia. Abriu a primeira porta que encontrou atrás de si e eu limitei-me a segui-lo até dentro do quarto que agora percebia não ser o dele. A única coisa que me lembro de ver foi Beatrice por cima de Bill ambos cobertos pelo lençol verde da cama.

“Ups!” foi o que me saiu da boca naquele momento.

“Tooom!” resmungou Bill aborrecido atirando-lhe uma almofada, pela sua reacção não era a primeira vez que algo do género acontecia.

“Evacuar região.” exclamava Tom vezes seguidas bastante divertido, puxando-me para fora do quarto do irmão .

Eu não conseguia parar de rir assim que sai do quarto de Bill, aquilo mostrava o quanto Tom conseguia ser distraído. Ele parecia preocupar-se pouco com o facto de ter interrompido o gémeo e Beatrice, definitivamente tinha certezas de que aquilo era algo normal naquela casa. Senti-me ser levada ao ar e seguidamente até ao quarto – desta vez ao quarto certo – e depois Tom pousou-me em cima da sua cama com muito cuidado como se eu fosse a coisa mais frágil à face da terra deitando-se depois a meu lado.

“E o Georg?” não esperava que ele me perguntasse tal coisa, esperava mesmo que ele ignorasse Georg.

“Não sei Tom.” os seus olhos estavam fixos no meu rosto e isso deixava-me desconfortável não que fosse mau o facto de ele olhar-me mas era embaraçoso.    

“Por muito que eu te queira não vou ser egoísta e pensar só em mim, ele existe. Por muito que tentemos ignorar ele gosta de ti e tu dele.” ao ouvir aquilo percebi a confusão que ia na minha cabeça, tinha tentado ignorar mas agora sim tinha entendido que tinha um grande problema para resolver.

“Estamos a traí-lo…” acabei por dizer.

“Não sei até que ponto podes considerar isto uma traição Emily! E o que ele nos fez? E o que ele te fez?”

“Eu não me quero vingar dele, eu quero apenas ser feliz, não quero deixar ninguém magoado como o que possa fazer.”

Tom segurou o meu rosto e beijou-me nos lábios mais uma vez, sim eu gostava daquilo. Tom era fantástico, tinha tudo o que eu queria, tinha tudo o que eu precisava. Mas o que sentia por Georg não tinha desaparecido, continuava bastante presente em mim.

“Tu fazes-me tão feliz Emily.” sussurrou-me Tom ainda perto dos meus lábios.

Não consegui prender mais o que sentia vontade de fazer, beijei-o, eu sentia-me bem assim com ele, sentia-me completa com Tom mesmo com Georg ainda presente em mim. Estava a sentir-me uma traidora, sabia que iriam pensar que eu queria os dois, sabia que iriam considerar-me a má da fita mas eu sentia-me bem com Tom! Deveria ficar com Georg só porque a nossa história tinha começado antes? Apesar de tudo eu ainda gostava demasiado dele mas ele tinha-me magoado tanto, tinha preferido a Lia, tinha acreditado nela e não em mim que era a sua namorada, se eu fosse realmente especial ele não me faria aquilo.  

“Eu não te queria magoar.” disse a Tom.

“Faz o que sentes que deves fazer neste momento, o futuro depois tu decides. Tens tempo Emily. Eu aceito que prefiras o Georg, a vossa história é forte e nós….” tapei os seus lábios com o dedo indicador, impedindo-o de continuar a falar pronunciando um simples “shiiiu”.

“Tu sempre estiveste do meu lado Tom.”

“E vou continuar a estar mesmo que tu não me escolhas.” permaneci calada, na minha cabeça estava uma confusão enorme. Só conseguia pensar: Tom ou Georg? Precisava de tomar uma decisão o mais rápido possível, não queria magoar ninguém mas queria ser feliz, acho que merecia-o. 

“Estou a apaixonado por ti Emily, desculpa.” apesar de anteriormente ter entendido que Tom estava a falar a sério quando o ouvi dizer aquilo senti o meu coração dar um nó - se é que isso é possível -  senti o meu coração ficar despedaçado de certa forma, não sabia se aquilo era bom se era mau.

continua...

sábado, 22 de setembro de 2012

Imagine - Capítulo XXVIII

Publicada por AnnieFriday. à(s) 22:17 14 comentários

olá. (:

bem eu sei que tinha dito que ia entrar na reta final da fanfic mas sinceramente não sei quantos capítulos vou postar mais.  ahaha 
já agora, ando um bocadinho triste com os  comentários, têm sido muito poucos. quero agradecer às meninas que têm comentado sempre mas queria deixar um apelo  aos restantes leitores para comentarem, eu não mordo. (;

espero que gostem, beijinhos.

Capítulo XXVIII

“Desculpa Tom, foi sem intensão.” desculpei-me de imediato.

Ele permaneceu parado por instantes a olhar-me, senti os seus olhos presos nos meus lábios.

“Pois Emily mas eu fi-lo com intensão.” todas as minhas possíveis respostas desapareceram ao ouvir tal coisa.

“Fizeste?”

Tom sorriu-me e  aproximou-se de mim novamente para me beijar de novo.

“Posso?” perguntou-me tirando uma mecha de cabelo da frente dos meus olhos, encostando depois a sua testa na minha.

“Acho que sim.” senti a minha voz fraquejar.

Senti os seus lábios tocarem nos meus novamente mas desta vez formando um beijo mais completo, um beijo como há muito não recebia. Por escassos momentos pensei no quanto aquilo estava errado mas depressa deixei-me levar sem questionar mais nada. Tom sempre se revelara diferente comigo, sempre mostrara interesse apenas pela nossa amizade mas não por algo mais que isso e eu sentia-me confusa, não encontrava um porquê lógico para aquilo tudo. Sim, uma coisa era certa, ele sabia bem como o fazer, ele tinha uma maneira de beijar fantástica e sabia como deixar uma rapariga entusiasmada talvez por isso tantas o desejavam.
Passavam-me mil e uma coisas pela cabeça depois de os seus lábios de afastarem dos meus, aquele rapaz tinha tudo; sabia beijar, sabia ser a coisa mais querida do mundo, sabia ouvir e mais importante que isso tudo - ele era lindo!

“Não me perguntes o porquê de eu querer fazer-te isto porque eu não sei explicar.” disse-me.

“Não faz mal.”

Foi a única resposta que lhe consegui dar, eu queria saber o “porquê” mas se ele não me podia dizer nada, se não sabia o tal “porquê” nada feito. Sentia-me sem saber o que dizer apenas tinha certeza de uma coisa, não. Eu não estava arrependida de nada daquilo muito pelo contrário, tinha gostado muito. Seguiram-se alguns minutos de silêncio, um silêncio que começava a deixar-me ainda mais embaraçada do que já estava.  

“Fazes-me sentir vivo como ninguém me faz sentir.” disse-me Tom cortando aquele silêncio.

“Porquê?”

“Eu não sei o porquê de nada Emily, eu só sei que me sinto bem contigo, só contigo é que me sinto totalmente bem.”

O meu coração batia muito rápido e por muito que eu quisesse falar eu não conseguia dizer nada. Nunca imaginara Tom dizer aquele tipo de coisas, sempre o vira como um pinga-amor e nunca como um romântico. Ele cada vez me surpreendia mais e quanto melhor o conhecia mais queria conhecer.

“Eu sei que gostas do Georg mesmo depois de tudo o que ele te fez passar mas também não queria esconder-te nada disto, tu mereces saber de tudo o que se passa comigo. És a minha melhor amiga e nunca me escondeste nada, não era justo não te dizer isto. Não me perguntes se é amor de verdade porque eu nem sei se acredito nisso, não me perguntes se é aquele amor de melhores amigos porque eu também não sei mas tu fazes-me sentir bem e não queria que depois disto tu te afastasses. Podes contar comigo para tudo como antes desta conversa.”

“Eu gostei.” ele esboçou um sorriso, aquele seu sorriso malandro passando depois a língua pelo piercing no canto do seu lábio.

Desta vez fui eu a puxá-lo contra mim e beijar aqueles seus lábios que faziam qualquer rapariga morrer de desejo. Quantas não davam tudo para estar no meu lugar? Tom sempre fora um rapaz muito popular naquela cidade, quebrava bastantes corações mas nunca se apaixonara por nenhuma delas. Eu já estava acostumada a receber olhares ameaçadores sempre que me viam com ele mas se elas soubessem as coisas maravilhosas que Tom de dizia penso mesmo que já estava morta neste momento. Beijei-o uma, duas vezes seguidas, como conseguia ele ser tão irresistível?

“Não penses que és igual às outras porque tu és única e nada em ti é igual a elas. És especial Emily.” falava Tom segurando a minha mão com carinho como costumava fazer.

“O que é que é isto?” perguntei sorrindo.

“Eu não sei mas sinto que devíamos aproveitar, é maravilhoso não achas?” respondeu-me com um enorme sorriso.

“Tu é que és maravilhoso.” Ele passou os seus lábios pelos meus suavemente sem parar de sorrir.

“É, todas costumam dizer isso, que sou maravilhoso.” aquele seu ar convencido ficava-lhe sempre bem, não podemos evitar rir.

Beijei-o  novamente. Ele tinha razão, nenhum de nós sabia o que era aquilo mas uma coisa era certa – o melhor era aproveitar cada segundo. 

continua...

domingo, 16 de setembro de 2012

Imagine - Capítulo XXVII

Publicada por AnnieFriday. à(s) 20:25 8 comentários

olá novamente.
lá venho eu postar o capítulo vinte e sete da minha querida fic *-* 
e amanhã começam as aulas. puff --' 


Capítulo XXVII

“Desculpa?” questionou Lia surpreendida com Georg.

“Lia, acabou. O teu jogo terminou e nunca mais vais conseguir enrolar-me desta maneira.” disse-lhe Georg.

“Eu vou embora Georg e tu ainda vais correr atrás de mim, pode não ser hoje nem amanhã mas tu ainda me vais querer e sabes o que é que eu vou fazer? Vou deixar-te pendurado feito cãozinho abandonado.” ele apenas soltou uma gargalhada.

“Podes continuar a sonhar com esse dia até ao final da tua vida.”

Lia voltou-lhe as costas, ela estava super furiosa eu acho mesmo que o maior desejo dela naquele momento era matar-me a mim e a Georg. Eu fiquei no mesmo sítio onde tinha estado durante todo aquele tempo e para ser sincera não sabia mesmo o que fazer. A minha vontade no fundo era fugir, resultava sempre fugir dos nossos problemas nem que resultasse só por alguns tempos mas o que interessava era que resultava. Enquanto discutia mentalmente o que devia ou não fazer naquele momento Georg olhava-me. Não, eu não queria encará-lo. Lá estava eu a ir pelo caminho mais fácil.

“Nós temos que falar.” começou ele.

“Agora já acreditas em mim?” não pude evitar ser sarcástica.

Por muito que quisesse que ficasse tudo bem de novo, porque haveria eu de o fazer? Ele nunca tinha acreditado numa única palavra minha, nunca tinha parado para me ouvir ou para tentar analisar a minha situação. Ele nunca tinha lá estado, muito pelo contrário ele apenas me tinha julgado e muitas das vezes por coisas que eu nunca fizera.

“Eu compreendo que estejas magoada comigo Emily.”

“Tu não compreendes nada.”

“Tenta pelo menos ouvir-me, tenta pelo menos entender a minha situação.”

Não pude evitar rir com aquele pedido.

“Só podes estar a gozar com a minha cara Georg!”

“Não estou a gozar com a cara de ninguém, Emily. Ouve-me!”

“Tu só podes ser muito estúpido para me estares a dizer estas coisas. Estás-me a pedir o que eu te pedi durantes este tempo todo! Durante este mês que passou. Eu pedi-te tantas vezes que me ouvisses a mim e ao Tom, que tentasses ouvir uma vez que fosse. Que tentasses compreender o que te queríamos dizer Georg! Tu nunca ouviste, tu nunca tentaste. Tu apenas quiseste ouvir a Lia, apenas ela existia aos teus olhos e o Tom –eu já nem te falo em mim porque eu apareci na tua vida há pouco tempo mas o Tom era teu amigo e o Tom nunca te mentiria nem trairia como a Lia te disse! Tu nunca acreditaste porra e agora queres que eu te oiça? Por favor Georg, poupa-me a estas cenas tristes. Usa um pouco mais a cabeça.” nos momentos seguintes a falar pensei que talvez tivesse sido demasiado austera mas depois cheguei a uma conclusão bastante simples: eu tinha sido justa.

“Eu estava cego Emily! Ela fez-me completamente a cabeça com as coisas que disse!”

“Não Georg. Se pensavas que eu ia ceder assim que me viesses com um pedido de desculpas estás extremamente enganado! Sabes que mais? Houve uma altura que sim, se tu pedisses desculpas eu caía logo nos teus braços mas agora não! Agora eu não vou fazer mais papel de otária. Chega!”

“Estás a exagerar.”

“Eu? Exagerar? Tu se estivesses no meu lugar farias exactamente o mesmo ou até pior talvez!”

“Já não me amas?” o ambiente tornou-se pesado de repente.

“Às vezes amar não chega Georg!” respondi-lhe.

“Mas eu amo-te!”

“Neste momento isso não chega.” afastei-me.

***

“E ficaram assim? Ele não te disse mais nada?” questionava Tom curioso.

“Eu fui-me embora, tu não sabes o quão doloroso é ter uma conversa com ele.”

“Eu compreendo-te Emily ele magoou-me muito também.”

“Vamos deixar toda esta poeira assentar pode ser que daqui a uns dias tudo melhore Tom.” ele abraçou-me com força, ultimamente era ele quem me tinha valido.

“Gosto muito de ti Emily.”

O suave beijo que ele me ia dar na bochecha assentou nos meus lábios ao virar-me acidentalmente. Senti-me ficar vermelha e embaraçada aquilo não estava previsto nos meus planos, não mesmo.

continua...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Imagine - Capítulo XXVI

Publicada por AnnieFriday. à(s) 23:58 8 comentários

olá pessoas. 
deixo-vos mais um capítulo da fanfic. *-* espero que esteja do vossos agrado. :b 


Capítulo XXVI


“Georg?” exclamou com admiração Lia depois de se virar e dar de caras com Georg.
“Eu vou-vos deixar sozinhos.” falei mas Georg agarrou o meu braço assim que me preparava para me afastar.
“Espera Emily.” pediu-me olhando-me nos olhos.

O seu toque deixava-me arrepiada, fazia tanto tempo que não o sentia perto de mim. O meu coração palpitava aceleradamente. Na verdade preferia ir embora dali, não sabia o que fazer. Tinha esperado tanto tempo por aquele momento mas agora que tudo estava a acontecer mesmo à minha frente sentia que tinha que ir, sentia que não sabia como lidar com aquilo. E se ele me pedisse desculpa? Eu nem sabia se iria aceitar, tudo o que se passara até ali tinha-me magoado demais e não sabia se iria ser capaz de perdoar. Acabei por permanecer ali, não me adiantava fugir e além disso nem sabia se conseguia fugir.
“Estavas ai há muito tempo?” questionou Lia.

Os olhos de Georg deixaram os meus e vi a ternura que tinha quando me olhara desaparecer assim que encarou Lia.

“Como é que eu pude ser tão burro? Perdi um melhor amigo e a minha namorada por tua causa Lia!”

Eu não concordava por completo, Lia não era a única culpada de tudo aquilo ter acontecido connosco, Georg tinha tido alguma culpa no cartório também. Ele tinha sido burro sim, tinha sido um objecto nas mãos dela mas se o tinha sido era porque queria, tanto eu como os outros sempre o tentámos chamar à realidade mas ele estava cego.
Namorada? Afinal tinha sido sua namorada. Não podia deixar de me sentir feliz com aquilo, apesar de tudo ser passado a verdade é que eu o amava e não havia nada que me deixasse mais feliz do que o ter do meu lado. Mas era passado, talvez ele não se tivesse apercebido do quanto errara a tempo.

“Tu não entendeste Georg, eu não estava a falar de ti como é óbvio!” Lia iria arranjar mil e uma maneiras de desculpar-se, não era necessário conhecê-la muito bem para saber disso.

“Pára Lia, eu não entro mais nos teus jogos. Tu não prestas mesmo. Toda a gente me dizia isso como é que é possível eu ser tão estúpido?”

Georg dava passos à toa, não ficava quieto cinco minutos. Eu tentava-me colocar no lugar dele tanto para o entender como para tentar perceber se haveria desculpa possível para tudo o que ele fizera comigo e com Tom. Ele estava confuso, nervoso e era visível a raiva que estava a sentir naquele momento.

“Eu era incapaz de te fazer mal Georg, tu sabes bem disso meu amor.” argumentava Lia agarrando-o.

“Cala-te Lia!” gritou-lhe Georg afastando-a.

“Mas tu tens que me ouvir.” ele olhou-a de alto a baixo com frieza.

“Cresce! Sabes que mais? Eu não vou ouvir nem mais uma única palavra vinda dessa boca Lia! Tu não vales nada. Qual era o teu interesse porra?” via a sua revolta crescer cada vez mais.

“Eu amo-te.” soltou Lia num tom desesperado.

Georg levantou a mão, baixando-a logo de seguida cerrando os pulsos tentando controlar a enorme vontade que sentia de bater em Lia. Eu compreendia o nojo que ele estava a sentir dela, nunca é fácil tomar consciência de que fomos enganados.

“Desaparece da minha vida, faz-me esse favor.” ordenou-lhe Georg virando-lhe as costas.

Nunca o tinha visto tão triste, tão desiludido. Os seus olhos enchiam-se de lágrimas que ele teimava não deixar cair. A minha vontade era abraça-lo, dizer-lhe que estava ali para o ajudar mas algo me impedia. Quantas vezes não tinha eu chorado por sua causa? Ele nunca lá tinha estado para me apoiar vez nenhuma muito pelo contrário, ele divertia-se com Lia enquanto o mundo desabava mesmo em cima das minhas costas.
  

“Não Georg, nunca vou fazer isso. Eu gosto tanto de ti, eu nunca te enganei!” não consegui evitar revirar os olhos. Aquela rapariga dava-me enjoos.

“Eu ouvi tudo! Pára de ser hipócrita Lia. Eu não vou desperdiçar nem mais um dia ao teu lado, já perdi tanto tempo graças a ti. Tu não passas de uma oferecida, de uma menina mimada que pensa que tem o mundo nas mãos. E eu não tenho tempo para te ouvir, para mim chega! Já ouvi tudo, já sei a merda que és agora só quero que me deixes em paz de uma vez por todas. Eu não faço mais parte dos teus joguinhos e tu não voltas a falar comigo nunca mais!”

“Tu vais-me trocar por ela?” questionou apontando-me o dedo.

“Nem se trata de trocar nada Lia! Tu és a pessoa que eu mais odeio e a Emily é a pessoa que eu mais amo, nem tentes comparar. Ainda bem que abri os olhos antes de ter alguma coisa com uma pessoa como tu.”

“Estás disposto a partilhar a namorada com o Tom?” continuou, provocando.

“Tu não entendes? Eu ouvi tu confessares tudo o que fizeste, tu és burra Lia. Tu confessaste tudo, não foi preciso ninguém me dizer nada porque tu confessaste-me tudo! E o que é que tu tens a ver com o facto de eu partilhar o que quer que seja? Que moral tens tu para falar? Tu que és a oferecida número um de Halle!” Lia estava escandalizada.

“Quem é que tu pensas que és para dizeres essas coisas Georg?”

“Tinha que vir a merda do mesmo discurso! Tu não te enxergas mesmo.”

“A família dela matou o teu avô!” atirou Lia para o ar, nunca pensara vê-la descer tão baixo.

Georg olhou-me, respirando fundo logo de seguida.

“Mas as pessoas não têm que ser julgadas por aquilo de que não têm culpa.” fiquei completamente boquiaberta com a sua resposta.

continua...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Imagine - Capítulo XXV

Publicada por AnnieFriday. à(s) 03:16 12 comentários

olá pessoas lindas.
finalmente vi aqui postar mais uma coisinha, eu sei que disse que ia ser mais rápida mas a minha internet falhou e só consegui cá voltar ontem. cenas da vida, acontece.
deixo-vos aqui o vigésimo quinto capitulo que eu considero um capítulo decisivo na fic. e digo-vos também que estamos a entrar na reta final da Imagine.  não sei ao certo quantos capítulos faltam para o fim mas  ele avizinha-se. hahah

deixo aqui também um pequenino apelo às pessoas que seguem a minha fanfic mas que não comentam - eu agradeço imenso tanto aos que  deixam uma opinião como aos que passam por aqui e não dizem nada, mas  queria dizer que gostava de receber mais comentários  e que todas as opiniões para mim são importantes. $: não tenham medo. ahaha 

beijinhos.

Capítulo XXV

Os dias continuaram a passar e as coisas continuaram iguais depois daquela conversa de Tom com Lia, ou praticamente iguais. Apenas uma coisa estava diferente: Lia fazia sempre os possíveis para não se cruzar com Tom e às vezes parecia-me que ela fazia o mesmo comigo, eu achava aquilo tudo muito estranho visto de quem se tratava mas confesso que preferia que tivesse sido assim desde o início. Se Lia nunca se tivesse metido entre mim e Georg as coisas seriam muito mais fáceis mas eu aceitava as coisas tal e qual como elas eram. Sempre acreditara no destino e acho que todos nós temos um caminho marcado desde que nascemos – ou até antes, e numa coisa eu acreditava totalmente: nesta vida não existem coincidências e se tudo aquilo tinha acontecido era óbvio que tinha uma razão para assim ser. Quem sabe se não foi melhor assim? No início, quando tudo desmoronou em cima de mim sentia-me revoltada culpava-me a mim mas ao mesmo tempo culpava outros, sentia-me confusa e perdida mas à medida que o tempo foi passando tive mais tempo para pensar e as minhas ideias aclararam. A vida não é um mar de rosas e quem acredita nisso vive uma grande mentira porque a vida não é fácil, quem disse que seria?

“Bom dia.” ouvi a sua voz atrás de mim, acabara de chegar para a primeira aula daquele dia.
“Olá meu amor.” respondeu-lhe Lia sorrindo.
Toda aquela conversa provocava-me enjoos. Virei-me discretamente sem saber bem o porquê arrependendo-me logo que vi ele olhar-me. Ficámos assim por momentos até que Lia o puxou pelo braço chamando-o à razão, ela devia estar furiosa mas era inevitável. Sempre que nos víamos aquilo acontecia e talvez fosse essa a razão pelo qual eu não desistia de tudo. Tinha perfeita noção que parecia as miúdas que entram na adolescência e o seu dia ilumina-se só porque o tal rapaz as olha, eu sabia disso. Estava a dar demasiada importância a um simples olhar que possivelmente nada significava mas algo dentro de mim me dizia que eu devia continuar a tentar, algo me dizia que ainda iria ser feliz com Georg. Ou talvez não.
Fazia já muito tempo que não trocávamos uma única palavra por um lado isso confortava-me mas por outro deixava-me um enorme vazio dentro de mim. Bill dizia-me para eu tentar uma vez, dizia-me que me preparasse e que tentasse uma vez, uma última vez por muito que me custasse. O facto de pensar em tentar uma última vez assustava-me. Se corresse mal desistiria e seguiria a minha vida tal como ele tinha feito. Na verdade eu nem sabia se ele na realidade tinha seguido com a sua vida por vezes tudo me levava a crer que não, que ele tinha algo que o impedia de continuar em frente, algo que o prendia. E às vezes acreditava que esse algo era eu, e talvez por isso o meu coração enchia-se de força sempre que os nossos olhares se cruzavam, era nessas alturas que sentia vontade de seguir o conselho de Bill e tentar uma última vez. O não eu já tinha garantido há muito tempo e talvez, quem sabe pudesse ouvir um sim. Sai da minha última aula do dia optimista e com um leve sorriso na cara, iria arriscar pela última vez tal como Bill me sugeria fazia tempo.

“Uma última vez e se for o fim… Que se lixe, eu tentei.” pensava enquanto procurava Georg no meio da multidão que se juntava em frente ao portão de saída.

Era impossível que ele estivesse ainda dentro do recinto escolar então saí. Não encontrava nem um sinal dele até que avistei Lia e se ela estava ali Georg não tardava em chegar, iria esperar até que ele aparecesse. Ou talvez não...

“Viste o Georg?” perguntei-lhe, sempre calma como que se Lia fosse uma pessoa dita normal - normal era coisa que ela não era.

Olhou-me de alto-a-baixo colocando logo a sua máscara de defesa e com ela o seu humor cínico.

“Porquê que eu te haveria de responder a isso?” não pude evitar revirar os olhos, eu tentava ser calma e minimamente simpática – mesmo que esta não o merecesse mas com Lia era uma tarefa totalmente falhada.

“Olha talvez porque não descolas dele cinco segundos!”

“ Emily a inveja é um sentimento muito feio.” começou, provocando-me.

“A hipocrisia também, e não é por causa disso que tu a deixas de parte.”
“Ui estamos fortes hoje. Não trouxeste o Tom para te defender mas estou a ver que te preparaste.” a vontade de lhe colar a mão na cara era cada vez mais.

“Eu não queria entrar por estes caminhos mas tu estás sempre a provocar-me! O que é que ganhas com isso? Não ganhas nada Lia, só ganhas inimigos.”

“Enganaste minha querida. Eu ganhei o Georg e tu é que saíste a perder. Sabes o que é que eu faria no teu lugar? Eu desistia, ele não te quer! Tu não és suficientemente boa para ele, a tua família só lhe estragou a vida, tanto a ele como a todas as pessoas desta cidade. Porquê que não desapareces? Ninguém iria sentir a tua falta.” cerrei os pulsos tentando conter a minha vontade de a desfazer.

“Quem és tu para me dizer o que está ou não certo, Lia? Porquê que não contas ao Georg tudo o que inventaste? Porquê que não mostras a merda de pessoa que és? Porquê que não lhe contas como o Tom te disse para fazeres?” Lia soltou uma gargalhada.

“Tu achas que eu sou alguma burra? É óbvio que nunca lhe vou contar nada, nunca! O Georg está do meu lado e mesmo que vocês teimem em contar-lhe ele não vai acreditar. Pensa comigo Emily eu posso fazer tudo o que quero dele.” o meu coração quase parou assim que viu Georg atrás de Lia ouvindo tudo e ela continuava com o seu discurso. “Vê lá Emily assim vingue-me tanto de ti como do Tom. Ele nunca mais vos vai querer ver, nunca. Tu não sonhas o que lhe disse sobre ti, o que inventei a teu respeito. Pobre Georg iria jurar que na altura quase chorou de desilusão. Agora ele está comigo e nada do que possas dizer vai mudar isso. E só para que fiques mais feliz eu admito Emily! Sim eu menti-lhe. Eu inventei coisas que nunca te passariam pela tua cabeça e muito menos pela do Tom. Meti-te tão baixo, sabes como é que ele te vê? Como uma puta mas eu não me importo porque foi sempre isso que eu quis. Separar-vos! E tens que admitir Emily, eu sou muito boa.”

“Como é que foste capaz?” perguntou-lhe Georg mesmo atrás das suas costas.  

continua...
 

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